Com foco em inovação sustentável, o Grupo BB fechou parceria com o projeto da startup de impacto socioambiental Lowtech, do antropólogo e doutor pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) Yann Pellissier, para desenvolver produtos ecoconcebidos feitos com resíduos plásticos. O projeto tem o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre o consumo consciente, promovendo a economia circular e a logística reversa através da reapropriação dos resíduos descartados.
A parceria dá origem a uma nova startup, a Plasticaria, uma cleantech que desenvolve tecnologias produtivas que impactam positivamente o meio ambiente e que dá mais sentido ao destino dos resíduos plásticos das pessoas e organizações envolvidas, trazendo resultados importantes para a ESG e incentivando as empresas a terem um olhar diferente sobre a apropriação das questões ambientais, sociais e corporativas da economia circular.
De acordo com o antropólogo, a Plasticaria funciona a partir da coleta seletiva, quando é possível separar e rastrear o material que, logo então, passa pelo processo de preparação e é transformado em produtos sustentáveis que serão reinseridos no cotidiano das pessoas. Para ele, essas etapas completam o ciclo da economia circular. “Essa iniciativa atualmente se concentra na Bahia e pretendemos expandir para o Brasil e o mundo”, disse.
Com intuito de zerar os resíduos de plástico do processo produtivo do Grupo BB, a Plasticaria coleta as sobras e fabrica novos produtos, contribuindo com a natureza e evitando o descarte do material no meio ambiente. Segundo o diretor da fábrica, Plinio Bevervanso, a parceria promete desenvolver produtos inovadores e sustentáveis. “Essa collab é muito importante, pois o Grupo BB será pioneiro em zerar os resíduos plásticos de seu processo produtivo na Bahia e no Brasil, além de promover a inovação e oferecer soluções sustentáveis para a sociedade”, destaca.
Ações ambientais
A concepção de produtos feitos com resíduos de plástico permite uma grande transformação da sociedade e da nossa relação com o meio ambiente, entre as vantagens, a reciclagem dos resíduos descartados, o fortalecimento da economia local com geração de renda, o desenvolvimento de uma nova gama de produtos sustentáveis e o entendimento prático do funcionamento da economia circular e da logística reversa.
A parceria pretende fabricar produtos ecossustentáveis com a proposta de alinhar os objetivos empresariais e individuais com a logística reversa, estratégia desenvolvida pela indústria com o intuito de receber novamente as embalagens ou parte do produto que foi consumido. O projeto propõe também firmar parcerias com organismos de todos os setores e envolver os consumidores com a finalidade de cultivar boas práticas ambientais e fomentar a economia circular.
Segundo o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia (Sindiplasba), há uma grande demanda por parte das empresas baianas por produtos artesanais feitos com resíduos de plástico. “A proposta é que cada estabelecimento se responsabilize pelos resíduos produzidos instalando pontos de coleta para o plástico, isso é uma garantia que este material não termine na natureza e que retorna na empresa sob forma de produtos ecossustentáveis'', destaca o antropólogo.
Consumo consciente
Todos podem colaborar com a coleta seletiva e levantar a bandeira da sustentabilidade. Escolas, cooperativas, indústrias e outras corporações podem transformar resíduos que são consumidos diariamente em produtos ecológicos. Ainda de acordo com a Sindiplasba, com a alta procura por produtos feitos de resíduos de plástico, é possível empreender e gerar renda através da economia circular.
A iniciativa também objetiva entregar no mercado um produto inovador que faça toda a diferença no modo de consumo das pessoas. “O projeto além de promover a educação ambiental busca entregar boas práticas na natureza e reforçar seu compromisso com o meio ambiente, social e corporativo”, finaliza Bevervanso.
Gustavo Coutinho
